quinta-feira, 15 de julho de 2010

Falta de aviso não foi por parte dos Planejadores Financeiros e Economistas

PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Falta de aviso não foi por parte dos
Planejadores Financeiros e Economistas
Rogério Nakata* - 10/07/2010




O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor mostrou uma subida em Junho de 2010 de 5,2% comparado a Junho do ano passado, movimento esse que se acentuou a partir de Maio, sobretudo por conta do Dia das Mães, do Dia dos Namorados e da Copa do Mundo de futebol que foram os fatores que influenciaram a alta da inadimplência. O consumo para aproveitar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras, lavadoras e tanquinhos) e móveis também impactou no aumento das dívidas e na maior dificuldade de quitá-las.

Muitos economistas e planejadores financeiros já alertavam desde o segundo semestre de 2009 que apesar dos sinais de tendência do fim da “marolinha” financeira e com a ascensão de quase 30,2 milhões de pessoas da classe D/E para a C que o endividamento por consumo iria consecutivamente aumentar, pois, sem o devido acompanhamento e orientação, sem interesses, das instituições financeiras em pouco tempo os problemas financeiros dessa classe irão aflorar e se agravar rapidamente, sendo que isso pode ser ainda a ponta de um imenso iceberg. Tudo isso porque com 3 cartões de crédito na mão e crédito farto disponível na praça é irresistível não se endividar já que a dor do parto só será percebida com a chegada das faturas e dos boletos bancários no mês seguinte.

Existem duas formas distintas para o ser humano sair de sua zona de conforto onde a primeira é a busca do prazer ou a segunda que é a fuga da dor. Por incrível ou mais absurdo que possa parecer é exatamente essa a segunda razão pela qual motiva as pessoas a mudarem ou buscarem salvação, pois só lembra-se que um seguro de vida é importante quando um incidente ocorre com um cônjuge ou um parente próximo, quando não se tem um plano de saúde e tem-se que recorrer a uma fila interminável para atendimento no SUS, quando se bate um automóvel e lembra-se de que o mesmo está sem proteção ou quando se endivida além de suas possibilidades e percebe-se como seria importante ter cuidado melhor do dinheiro e parado alguns minutos para elaborar um bom planejamento financeiro. Infelizmente é muito comum, em muitas ocasiões que pude presenciar, de pessoas que mesmo com dívidas no cheque especial, nos 5 cartões de crédito, nos 6 empréstimos consignados e créditos imediatos ainda acharem que o gerente de suas contas bancárias são seus amigos e que por isso deveriam continuar com seus relacionamentos mesmo pagando muito caro por isso deixando muitas vezes horas de trabalho árduo para custear os juros abusivos cobrados pelas instituições financeiras além de sacrificar a Qualidade de Vida da própria família.

Falta de informação não é razão para se endividar, no entanto, falta de atitudes e maus hábitos para com suas finanças pessoais podem como vem se mostrando a cada mês com o nível de endividamento crescente, que muitos imóveis comprados a perder de vista, na euforia do boom imobiliário, podem ser devolvidos nos próximos anos, que aquele sonhado automóvel financiado parado em sua garagem também e que um dia você poderá fazer parte dessa desagradável estatística de pessoas que não conseguem honrar com seus compromissos financeiros e que estará com o nome sujo nas instituições de proteção ao crédito.

Para não fazer parte desses números nada agradáveis deve-se avaliar o comportamento compulsivo por bens de consumo, se há realmente a necessidade de trocar de celular a cada seis meses, se houve a necessidade de trocar o televisor imaginando que seríamos hexa campeões mundiais de futebol nessa Copa, trocar de carro todo ano, comprar mais um sapato para somar aos 50 pares já comprados anteriormente ou viver um padrão maior do que aquele que caiba em seu bolso simplesmente para impressionar outras pessoas, levando consigo filhos que mal educados financeiramente não valorizarão aquilo que tem e aquilo que você ganha.


*Rogério Nakata é Planejador Financeiro Pessoal e Familiar, Analista Independente de Necessidades e Soluções Financeiras, Consultor Financeiro e Palestrante de Grandes Organizações.



Atenção

Para divulgar este artigo mencione a autoria da seguinte forma:

Planejador Financeiro Rogério Nakata




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