Sua conta bancária sorri apenas em um dia do mês?
Rogério Nakata
Quantas vezes tivemos a sensação de aquele dinheiro que acabamos de receber simplesmente sumir de um dia para o outro da nossa conta bancária como em um passe de mágica? Por que será que a sua conta bancária acaba sorrindo somente em um dia do mês?
Uma das razões, com certeza, está na falta de planejamento financeiro. Para isso, devemos estar atento aos gastos imperceptíveis que são as pequenas despesas que acabam influenciando o nosso orçamento doméstico.
Lembre-se de que não tropeçamos em uma montanha e, sim, em pequenas pedras ou cascalhos! Devemos começar a colocar a casa em ordem pelas contas básicas, estimando um valor de gasto mensal para a água, a luz, o telefone, o aluguel, a mensalidade escolar, a academia, o plano de saúde, a empregada doméstica e o lazer, por exemplo.
Em uma segunda etapa, verifique outros gastos imperceptíveis como “aquelas contas” abertas em estabelecimentos comerciais, como as lanchonetes, os barzinhos, as farmácias ou padarias.
Quando deixamos para pagá-las no final de cada mês, elas acabam consumindo boa parte de nosso salário. Muitas vezes, pelo simples comodismo de não nos deslocarmos até um caixa eletrônico ou a um banco para a retirada do dinheiro e o pagamento das contas.
É a mesma coisa com o cartão de crédito que traz facilidades. O dinheiro de plástico, juntamente com as contas, pode resultar em grandes dores de cabeça, quando utilizado de maneira descontrolada. Só percebemos o tamanho do buraco no nosso orçamento quando recebemos a fatura.
Evite se perder com cheques pré-datados, como os famosos “cheques-atleta”. Aqueles que passamos e, quando é compensado, saímos correndo para ver como conseguir cobrir a conta bancária.
Mais complicado ainda é ter de emprestar recursos de terceiros. Hoje, os empréstimos custam muito caro. Os juros de um cheque especial, por exemplo, giram em torno dos 8% ao mês ou 152% ao ano. Com certeza, sua renda não cresce nessa proporção astronômica.
Para manter o controle sobre suas contas e, assim, fazer sobrar um pouco mais de dinheiro no final do mês, estipule um valor de gasto diário e anote numa cadernetinha de bolso, sem vergonha ou inibições, comparando com o seu saldo bancário. Depois, transfira-as para uma planilha de orçamento doméstico para acompanhar com mais cuidado as despesas, sem comprometer a renda mensal.
O acompanhamento de seu orçamento doméstico deve ser diário, com avaliações mensais. A atividade deve se tornar um hábito que criará em você uma saudável disciplina financeira e uma reserva mensal que, bem aplicada, poderá lhe ajudar em situações de emergência ou na realização de seus projetos de vida. É preciso plantar hoje aquilo que desejamos colher no futuro.
*Rogério Nakata é Planejador Financeiro Pessoal e Familiar, Analista Independente de Necessidades e Soluções Financeiras, Consultor Financeiro e Palestrante de Grandes Organizações.
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Planejador Financeiro Pessoal e Familiar
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